Nos dias 15 e 16 de agosto, Brasília/DF sediou a 7ª edição da Marcha das Margaridas, evento que reúne a cada quatro anos centenas de milhares de mulheres todo o país, entre trabalhadoras do campo, ribeirinhas, indígenas e representantes de demais grupos aliados da defesa da vida e direitos das mulheres do campo. Nesta edição dirigente sindical Ana Carolina Lôbo, Coordenadora da pasta de Comunicação e Imprensa do SINDJUD-PE e de Gênero, Etnia e Geracional da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (FENAJUD) participou das movimentações da Marcha ampliando a participação política e social do Sindicato e da Federação em espaços de reivindicação e construção de diálogos e políticas públicas nacionais com as mulheres no centro do debate e das demandas.
Ana Carolina Lôbo detalha sobre sua experiência na Marcha das Margaridas 2023, uma das maiores mobilizações organizadas por mulheres em toda a América Latina. “É a minha segunda oportunidade de participar da Marcha. A primeira como dirigente do SINDJUD-PE e da FENAJUD e foi muito importante essa participação. Eu fiquei muito feliz de ver a organização das mulheres em nível nacional. Foi um movimento muito bonito. Além da reivindicação de direitos, teve toda a beleza da Marcha que foi muito bem construída, foi construída com dedicação. Os eixos temáticos, os eixos de reivindicação foram muito bem pensados”, observou.
“Enquanto FENAJUD, nos aliamos a FENAJUFE e participamos da tenta do Coletivo Jurídico que foi montada na Marcha. Nós divulgamos uma cartilha com um resumo de direitos que as mulheres podem acessar. Foi uma experiência muito positiva poder ouvir, poder trocar, compartilhar informações com mulheres de todos os estados do Brasil. Foi uma movimentação incrível com mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil. Mulheres do campo principalmente, mulheres indígenas, mulheres ribeirinhas”, complementou.
Com o lema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”, a Marcha traz em seu título o nome de Margarida Maria Alves, trabalhadora rural e liderança sindical nordestina que por 12 anos ocupou a Presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Ao lutar pelo acesso à terra, pela reforma agrária, educação, igualdade, e ao advogar pelos direitos trabalhistas e uma vida digna para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, Margarida Alves vítima de um trágico assassinato em frente à sua residência em 12 de agosto de 1983. Desde então, seu nome e legado se tornaram sinônimo nacional de coragem e determinação.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva discursou no encerramento da Marcha saudando as mulheres presentes e assumiu o compromisso diante do documento com 13 eixos políticos elaborado pelo movimento e entregue ao Governo Federal, no Palácio do Planalto, no dia 21 de junho. No mesmo dia, a pauta voltada ao Legislativo também foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira. A penúltima Marcha das Margaridas foi realizada em 2019, também em Brasília, no Distrito Federal.
Com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
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