Nesta sexta-feira (21) o SINDJUD-PE oficiou o Tribunal de Justiça de Pernambuco solicitando adesão ao ponto facultativo durante os jogos da Seleção Brasileira de Futebol Feminino na Copa do Mundo 2023, evento esportivo que acontece até o dia 20 de agosto na Austrália e Nova Zelândia.
O documento foi protocolado diante da decisão do TJPE de não aderir a um esquema especial na jornada de trabalho nos dias dos jogos da Seleção Feminina com a justificativa de que “diferentemente do que ocorre com os jogos da Seleção Masculina na Copa do Mundo, não existe ainda uma demanda populacional que possa justificar mudanças nos horários do Tribunal”, evidencia trecho do texto da notícia compartilhada no dia 19/07 no site da instituição.
No ofício o SINDJUD-PE reafirma o legado da Seleção Brasileira de Futebol Feminino para os esportes do país e do mundo, com um vasto leque de conquistas ao longo dos anos. Para a capitã do time, a alagoana e nordestina Marta Vieira da Silva, essa é a última Copa do Mundo. Marta é uma inspiração para tantas jovens e alcançou feitos únicos como esportista, a exemplo dos seis títulos de melhor jogadora do mundo – por cinco vezes consecutivas, recorde entre mulheres e homens.
Também evidenciamos a proibição da prática de futebol entre as mulheres, que durou 40 anos no Brasil, sendo revogada somente em 1979. Tal arbitrariedade influenciou negativamente no desenvolvimento de novas gerações de mulheres atuando no futebol profissional e resvalou na evidente falta de patrocínios, recursos públicos e privados para investimentos na modalidade e a estratosférica diferença salarial entre homens e mulheres que atuam na área.
O SINDJUD-PE compreende que além das políticas públicas necessárias para o impulsionamento da modalidade esportiva entre as mulheres, também é necessário dar suporte para que mais pessoas tenham a chance de reverenciar a história das mulheres atletas de futebol e das mulheres de forma geral, garantindo o protagonismo que lhes é de direito.
SINDJUD-PE
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