No mês da mulher negra latino-americana e caribenha, homenageamos uma das maiores escritoras brasileiras contemporâneas: Conceição Evaristo.
Sua escrita é atravessada por vivências negras, femininas e periféricas — o que ela nomeia como escrevivência. Ler Conceição é reconhecer o poder da palavra como ferramenta de denúncia, memória e libertação.
Em cada linha, a escritora mineira inscreve as dores, alegrias, ancestralidades e potências da vivência negra no Brasil. Sua escrita, que ela chama de escrevivência, é ao mesmo tempo denúncia e afeto.
Quem é Conceição Evaristo?
Nascida em 1946, em uma favela de Belo Horizonte, Conceição Evaristo é escritora, poeta, professora e uma das maiores vozes da literatura brasileira contemporânea.
Sua escrita dá corpo e voz a mulheres negras, à memória coletiva e às lutas da população periférica.
“Eles combinaram de nos matar. Mas a gente combinamos de não morrer.”
Poemas da Recordação e Outros Movimentos Uma das frases mais marcantes da literatura brasileira. Um grito de sobrevivência, resistência e poder.
Três obras para mergulhar na escrevivência de Conceição Evaristo:
Olhos d’Água: Contos curtos e impactantes sobre mulheres negras em situações-limite, marcadas por dor, força e afeto.
Ponciá Vicêncio: Romance que narra a trajetória de uma mulher negra em busca de identidade e reconstrução após as marcas deixadas pela escravidão e pela pobreza.
Insubmissas Lágrimas de Mulheres: Histórias de mulheres que resistem ao silenciamento e rompem com o destino traçado pela opressão.
Cada obra é um convite à escuta e ao reconhecimento de vozes que a história tentou calar.
Leia Conceição Evaristo. Leia autoras negras. Ler é um ato político. Ao escolher a escrevivência como caminho, Conceição nos mostra que resistir também é contar, registrar, relembrar.
Compartilhe e indique essas obras para quem precisa conhecer outras formas de ver e viver o mundo.
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