Amanhã, 11 de maio, é celebrado o Dia das Mães. Mas ser mãe não tem data marcada. É jornada diária, atravessada por sobrecarga, cobranças e, muitas vezes, solidão.
Neste cenário, o SINDJUD-PE reforça: a maternidade precisa ser olhada com mais verdade e menos idealização. Por isso, indicamos 5 filmes que desmontam o mito da mãe perfeita e revelam, com sensibilidade e coragem, o que muitas mulheres enfrentam em silêncio.
Bruxas (2024) – MUBI e Prime
No documentário, Elizabeth Sankey explora os impactos da maternidade na saúde mental, a partir de sua própria experiência. Com sensibilidade e críticas afiadas, o filme questiona o mito da mãe perfeita e o abandono emocional vivido por muitas mulheres.
Reflexão: Quantas mães são chamadas de “loucas” quando, na verdade, estão exaustas e invisibilizadas?
Pieces of a Woman (2020) – Netflix
Após uma tragédia durante o parto domiciliar, Martha enfrenta o luto, o julgamento social e a pressão familiar. O filme aborda a dor da perda e as complexas emoções que envolvem a maternidade.
Reflexão: Como a sociedade acolhe — ou não — o sofrimento das mães diante da perda?
A Filha Perdida (2021)
Durante férias na praia, Leda, uma professora universitária, confronta memórias de sua própria maternidade ao observar uma jovem mãe e sua filha. O filme questiona os padrões idealizados impostos às mães e aborda a ambivalência dos sentimentos maternos.
Reflexão: Mãe também é mulher. Onde estão os espaços para ser inteira?
A Cor Púrpura (1985 / 2023) Max
Apesar de não ser o foco central, as duas versões abordam a maneira como a maternidade negra é atravessada por racismo, violência e perda. Celie tem os filhos arrancados de si e precisa aprender a sobreviver num mundo que a desumaniza — mas também encontrar força no afeto e na ancestralidade.
Reflexão: Mães negras lutam há séculos pelo direito de maternar com dignidade.
Huesera (2022) – Prime Video
Valeria descobre estar grávida, mas em vez de alegria, enfrenta uma onda de ansiedade e medo, que se transforma em uma presença sobrenatural. O terror psicológico escancara as pressões sociais e o sufocamento de desejos pessoais na experiência materna.
Reflexão: O que acontece quando o corpo e a mente rejeitam expectativas impostas?
Bruxas, Pieces of a Woman, A Filha Perdida, A Cor Púrpura e Huesera retratam maternidades reais, marcadas por desafios, perdas, ambivalência e resistência. São histórias que escancaram o que muitas vezes é ignorado: mães também precisam de apoio, saúde mental, tempo e dignidade.
Maternidade não é destino obrigatório — é uma escolha que carrega potência e coragem. Mas não basta reconhecer: é preciso garantir creche, licença digna, rede de apoio e políticas públicas que sustentem quem escolhe maternar. Sem isso, é abandono.
Salve, compartilhe e indique outras obras que te fizeram pensar sobre o tema.
SINDJUD-PE
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