Movimento acontece após pedido de demissão do presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, por sua atividade enquanto líder do sindicato da categoria.
O SINDJUD se uniu a diversas entidades de classe na formação do Comitê em Defesa da Liberdade Sindical de Pernambuco. A primeira reunião aconteceu no último dia 4 de janeiro, após a realização de protesto contra a demissão do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros, na posse do governador Paulo Câmara. Estiveram presentes no encontro os representantes do Simpere, Sinpol, SinDetran, CSP-CONLUTAS, Intersindical, Unidade Classista, PCB, PSOL, PSTU e a co-deputada eleita Robeyoncé Lima, onde foi definida a criação de um movimento amplo contra a perseguição sindical promovida pelo governo de Pernambuco.
“Áureo vem sendo perseguido por algo que nada tem a ver com a sua prática profissional. Ele recebeu, inclusive, quatro reconhecimentos por trabalhos prestados. Quando ele se torna sindicalista e passa a denunciar as condições de trabalho dos servidores, começa a investigação política contra ele, tendo, inclusive, algumas comissões do processo administrativo movido contra ele sendo dissolvida. Nós somos veementemente contra isso”, afirmou o presidente do SINDJUD, Alcides Campelo.
Protesto – No último dia 1º, representantes do SINDJUD participaram de um ato em protesto à demissão do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros. A manifestação aconteceu durante a posse do governador Paulo Câmara, na área externa da Assembleia Legislativa. Os manifestantes foram impedidos de participar da solenidade, tendo sua passagem bloqueada por policiais militares e agentes de segurança. A Secretaria de Defesa Social do estado solicitou a demissão de Áureo em publicação no último Diário Oficial de 2018, cabendo agora somente a autorização do governador para a retirada de Áureo, servidor concursado, dos quadros da Polícia Civil.
Para Cisneiros, a punição está em andamento por ele atuar como voz dos policiais civis, por ter feito denúncia de delegacias fechadas e de condições precárias do Instituto de Medicina Legal. “Esse governo não aceita críticas. Não tem cabimento que eu sofra um processo administrativo por atividade sindical”, disse Áureo, durante o ato.
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