O SINDJUD-PE manifesta profundo repúdio ao feminicídio que vitimou a professora Allane de Souza Pedrotti Matos e a psicóloga Layse Costa Pinheiro, ambas servidoras do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) Celso Suckow da Fonseca, no Rio de Janeiro. As duas profissionais foram baleadas na cabeça, na última sexta-feira (28), por João Antônio Miranda Tello Ramos, colega de trabalho que, após o ataque, tirou a própria vida.
O crime não foi um ato isolado. Foi precedido por episódios de ameaça e por uma explícita dificuldade do agressor em aceitar ser chefiado por uma mulher — expressão direta da cultura patriarcal que naturaliza a violência, sobretudo quando mulheres ocupam posições de liderança e autonomia. Mesmo após denúncias e afastamento, o servidor foi reintegrado, revelando falhas graves nos mecanismos institucionais de proteção e responsabilização.
Até quando as mulheres seguirão sendo alvo de violência em seus espaços de trabalho? Até quando terão negado o direito de exercer suas funções, circular livremente, liderar, existir e viver sem o medo imposto por uma estrutura que ainda valida a supremacia masculina e silencia suas narrativas?
Este crime é mais um alerta doloroso de que o patriarcado mata — e mata dentro das instituições públicas, que deveriam ser espaços seguros, democráticos e livres de qualquer forma de opressão.
O SINDJUD-PE reafirma seu compromisso com o combate à violência masculina contra as mulheres, com a defesa de ambientes de trabalho seguros e com a construção de políticas que garantam proteção e acolhimento às mulheres. Seguiremos vigilantes, atuantes e combativos para que casos assim jamais sejam tratados com negligência ou normalidade.
Expressamos nossos sinceros sentimentos aos familiares, amigos, colegas de trabalho e à comunidade educacional do Cefet. Que a memória de Allane e Layse nos fortaleça na luta por uma sociedade livre de violência patriarcal.
SINDJUD-PE
Gestão Unir e Conquistar!