A Rede Nacional de Formação da Fenajud (Renaf) promoveu um curso de formação sindical para os membros e membras de sindicatos filiados e coordenadores/as da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), no dia 1° de julho, em Macapá (AP). A atividade foi comandada pela coordenadora de Gênero, Etnia e Geracional da Fenajud e Comunicação do SINDJUD-PE, Ana Carolina Lôbo, e pelo coordenador de Formação Sindical da Federação e vice-presidente do SINJUSC, Neto Puerta.
Ana Carolina aponta que “o trabalho de formação é essencial para que todos nós, trabalhadores e trabalhadoras, possamos estar sempre aprendendo e refletindo a respeito da realidade. Porque quando a gente reflete a respeito da nossa realidade e conversa sobre ela, fica muito mais fácil encontrar soluções. Mas isso passa pela reflexão. Por isso que esses momentos de formação são tão importantes. São momentos que nos proporcionam essa reflexão a partir da realidade e da tomada de consciência com a capacidade de planejar uma mudança concreta”, observou.
Coordenadora de Assuntos Jurídicos do SINDJUD-PE, Mariana Figueiroa participou da formação e destaca a importância da reflexão dos temas abordados na construção de um mundo do trabalho digno para todos/as. “Foi um momento riquíssimo. Toda metodologia que foi empregada nessa formação sindical foi extremamente relevante porque teve a oportunidade de espaços de fala, de escuta e de acolhimento, mas sem perder o norte da formação em si. A gente teve toda uma historicidade da linha do tempo do sindicalismo, passou por neoliberalismo e uberização. Essa lógica da uberização que também está presente no serviço público. O que faz a gente pensar em como atuar nesse novo mundo do trabalho com base na Justiça 4.0 e na realidade do teletrabalho tratando do projeto de construção de um mundo melhor para todos os trabalhadores e trabalhadoras. Isso passa por chancelar o direito a uma vida digna, a uma vida com menos intensificação do trabalho com essa ilusão de tempo livre que a tecnologia traz, mas que a gente vê que ela termina trazendo mais ansiedade e mais conflitos”, evidenciou.
Na primeira parte da formação houve uma contextualização histórico-política sobre o surgimento dos movimentos sindicais, baseada na cartilha “O futuro do trabalho na América Latina”, projeto desenvolvido pelo Laboratório de Sociologia do Trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (LASTRO/UFSC), em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo (Fazendo Escola) ao qual o SINDJUD-PE está filiado.
No segundo momento do curso, os/as participantes foram divididos em quatro grupos, onde puderam conversar sobre suas experiências, problemas e situações vividas dentro dos locais de trabalho, e como a luta sindical é necessária para coibir determinadas práticas. Ao final, cada grupo criou pequenas crônicas, com personagens fictícios, mas inspirados em suas próprias realidades, que foram lidas para os/as presentes. Essas histórias tiveram como objetivo estimular a reflexão sobre como as grandes mudanças no mundo do trabalho estão influenciando a vida de cada trabalhador e trabalhadora.
Para repensar o mundo do trabalho diante das conjunturas atuais de forma ampliada, o encaminhamento da formação propôs que o curso seja aplicado nas diretorias dos sindicatos estaduais, atuando como agente propagador das reflexões ilustradas.
A atividade foi realizada após o Conselho de Representantes da Fenajud, ocorrido na cidade de Macapá (AP) nos dias 29 e 30 de junho.
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