Não há o que comemorar. Há 55 anos tinha início mais um período de cerco às liberdades civis, eleitorais e políticas no Brasil. Temos uma história marcada por golpes. Convivência democrática pressupõe o respeito às diferenças, abertura ao diálogo, participação popular. Nos anos da ditadura civil-militar nada disso era permitido. Sindicatos eram fechados ou perseguidos, lideranças sindicais eram ameaçadas, presas e torturadas ou até mesmo assassinadas. Muitos desses até hoje continuam desaparecidos. E os arquivos da ditadura seguem fechados.
Por isso, nossa posição não pode ser diferente: somos contrários a qualquer menção do fatídico evento político de 1964 como “revolução”, bem como não podemos admitir que esse nefasto período histórico seja comemorado.
Apoiamos as atividades no dia primeiro de abril contra a ditadura de 1964.
Pela memória, verdade e justiça!
Pela abertura dos arquivos da ditadura e localização dos mortos e desaparecidos!
Pelas liberdades democráticas e contra o retrocesso!