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COLETIVO FLOR DE MANDACARU DEBATE A PRIMEIRA GREVE FEMININA DO RECIFE

por | maio 22, 2025 | Destaque Home, Formação Política, Notícias

No dia 30 de abril, às 19h30, o Coletivo Flor de Mandacaru promoveu um debate virtual sobre o texto “As cigarreiras revoltosas e o movimento operário: história da primeira greve feminina do Recife e as representações das mulheres operárias na imprensa”, de autoria do historiador Felipe Azevedo e Souza, Doutor em História Social pela Unicamp.

A mediação ficou por conta de Keilla Reis (@keillacreis), pedagoga e coordenadora de Gênero, Raça e Etnia do SINDJUD-PE. A roda de conversa foi direcionada às mulheres sindicalizadas que participam do coletivo e, pela primeira vez, acolheu servidoras convidadas interessadas em conhecer de perto esse espaço de escuta, acolhimento e formação.

Segundo a coordenadora Keilla, a escolha do texto se deu em diálogo com as outras coordenadoras do coletivo, Ana Karyna e Ana Carolina Lôbo, e foi atravessada pelo contexto de mobilização vivido pelas servidoras e servidores do Judiciário pernambucano, à época em estado de greve.

“Estamos em mais um momento de enfrentamento com nosso patrão, o Tribunal de Justiça. Trazer um texto que resgata a luta das cigarreiras, em 1903, fortalece a nossa consciência coletiva enquanto mulheres e trabalhadoras”, afirma.

A proposta do coletivo vai além do debate sindical: é também um espaço de fortalecimento das subjetividades e da identidade coletiva das mulheres. Os encontros, majoritariamente virtuais para facilitar a participação de servidoras de todas as regiões do estado – do Sertão à Zona da Mata –, também acontecem de forma presencial, como em ações realizadas pelo sindicato. Em fevereiro, por exemplo, o encontro do Flor de Mandacaru aconteceu durante a festa de Carnaval, em um momento de descontração e partilha. Já em outra ocasião, o coletivo se reuniu na sede do SINDJUD-PE para dialogar e vivenciar um momento de integração das mulheres trabalhadoras.

“A maioria de nós não conhecia essa parte da história. Relembrá-la nos inspira a pensar novas formas de resistência e articulação no nosso cotidiano no Judiciário”, destaca Keilla.

O Coletivo Flor de Mandacaru segue como um instrumento de aproximação, escuta ativa e construção coletiva, reafirmando que é pela força das mulheres que a luta sindical se reinventa, floresce e resiste.

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