No último final de semana, o guarda municipal, dirigente sindical e tesoureiro Marcelo Arruda foi morto a tiros enquanto comemorava o seu aniversário de 50 anos ao lado de familiares e amigos(as) em um clube da cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná.
Os disparos contra Marcelo partiram de Jorge José da Rocha Guaranho, policial penal federal que invadiu a festa atirando contra a vítima. A intolerância política teria sido a principal motivação do crime, segundo a Polícia, visto que o atirador, apoiador do presidente Jair Messias Bolsonaro, estaria incomodado com o tema da comemoração, que trazia elementos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Partido dos Trabalhadores, onde Arruda atuava como tesoureiro.
O presidente Bolsonaro prega a intolerância política, a exemplo do que disse em 2018, em evento de campanha no Acre, quando pegou um tripé de uma câmara simulando ser um armamento e falou: “vamos fuzilar a petralhada!”. Além disso, incentiva a todo custo o armamento dos civis, por supostamente melhorar a segurança pública no país. O discurso armamentista do presidente, frequentemente naturalizado por ele mesmo e sua ala governista, refletem expressivamente no aumento de registros de violência armada provocada através de atitudes antidemocráticas e intolerantes. Entretanto, valores e crenças individuais não devem ser impostos sob nenhuma justificativa, tampouco que sejam a razão para o emprego do ódio e de atos de terrorismo político, seja qual for a corrente político-partidária de cada um e cada uma, estendendo ainda até as relações de gênero, religião e afins.
O SINDJUD-PE repudia veementemente o ocorrido neste fim de semana, se solidarizando com os quatro filhos e esposa deixados por Marcelo, além de seus demais familiares, amigos(as) e colegas de profissão. Reiterando que a intolerância e a violência não podem e não devem se sobrepor ao diálogo, ao respeito e ao livre exercício da democracia.
SINDJUD-PE
Gestão Lutar e Vencer!
#PraCegoVer Imagem com fundo preto e a fotografia de Marcelo Arruda, destacam o seguinte texto na cor vermelha: a intolerância e a violência não podem se sobrepor ao diálogo, respeito e a democracia.